Segurança digital: quais são os principais riscos de ter sua voz copiada?
Quem nunca proferiu a frase: “Alexa, qual é a previsão do tempo?”. Diga-se de passagem, essas tecnologias que abrangem a Internet das Coisas (IoT) estão mais inteligentes e precisas do que nunca. E você sabia que sua voz corre sérios riscos de ser copiada através desse simples comando de voz? Entenda:
Novidades (por voz) sempre à vista
A Microsoft, por exemplo, divulgou recentemente uma ferramenta capaz de imitar qualquer voz usando como base um breve áudio de exatos três segundos.
Batizado de Vall-E, o novo recurso de IA, segundo a gigante da tecnologia, trata-se de “um modelo de linguagem de codec neural”.
Além de reproduzir a voz e o timbre de qualquer pessoa em qualquer comando. O software também preserva o tom emocional e a acústica do ambiente, como no áudio original.
É fato que uma tecnologia como essa pode ser útil em diversas aplicações. Desde a dublagem de filmes, até transmitir uma mensagem de um porta-voz em vários idiomas. Pensando nisso é válido levantar questionamentos sobre possíveis implicações maléficas.
Afinal, em um mundo que registra constantes ataques cibernéticos, será que a nossa voz está realmente segura ao usarmos esses assistentes ultratecnológicos?
Vulnerabilidade cibernética é preocupante
De acordo com levantamento da Checkpoint Software, o Brasil registrou alta de 37% no número de ciberataques no terceiro trimestre de 2022.
Já entre 1º de janeiro e 3 de agosto de 2021, o país sofreu mais de 439 mil ataques cibernéticos. Sendo 7,1% de um total de 6,4 milhões realizados em todo o mundo.
Assim, assumiu a segunda posição entre os maiores alvos globais, atrás apenas dos Estados Unidos. Esse que liderou o ranking com mais de 1,33 milhão (21,7%), segundo relatório da empresa especializada Netscout.
Não dá para ignorar, pois o números são expressivos. E o problema se torna ainda maior quando pensamos que os dados das organizações também podem ser afetados. Afinal, hoje qualquer informação está cada vez mais fácil de ser acessada e compartilhada. Principalmente por meio dessas tecnologias que já são tendências dentro e fora de casa.
Talvez seja por isso que a Microsoft não liberou publicamente o código-fonte do Vall-E, pelo menos por enquanto.
Como proteger a sua voz?
Há alguns anos, o Security Research Labs (SR Labs), grupo alemão de pesquisa e consultoria de hacking. Já havia realizado testes de ataques de phishing e de escuta passiva. O objetivo é de avaliar a vulnerabilidades da segurança dos dispositivos que funcionam por voz.
Muitas empresas que já trabalham com esses sistemas estão constantemente identificando erros e falhas na segurança.
Portanto, para evitar qualquer brecha, é necessário procurar saber quais documentos serão abertos ou aceitos. Também é importante conhecer bem o dispositivo ou sistema obtido e rede Wi-Fi em que está conectado. Além de proteger os dados com senhas, antivírus e atualizações que aumentem a segurança de todos os aparelhos envolvidos.
Adote medidas preventivas de segurança
Ainda muitos gestores não dão a devida atenção aos cuidados fundamentais para a segurança digital.
A consequência disso é desastrosa, porque, enquanto não se preocupam com todos esses detalhes, os cibercriminosos aperfeiçoam seus métodos de ataques diariamente.
Logo, contar com sistemas e companhias que oferecem serviços completos para a proteção cibernética. Tanto para pessoas físicas quanto para pequenas, médias e grandes empresas, é uma saída e tanto.
Diante da evolução tecnológica que não para nunca, vale a pena colocar em prática medidas preventivas. Trata-se de investimentos vantajosos frente às eventuais vulnerabilidades digitais que podem acarretar prejuízos inestimáveis.
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